Programação 2022
19 DE SETEMBRO
10h20 ~ 12h20 - Por que os livros didáticos distorcem a História da Ciência?
José Otávio Baldinato
Será abordado a pilha de Daniell e o experimento com a lâmina de ouro de Rutherford para ilustrar como as representações de livros didáticos deturpam elementos da história da ciência. Entre vários detalhes, será mostrado que a pilha original de Daniell não tinha dois copos separados, nem ponte salina. Ademais, no caso de Rutherford, também será evidenciado diversos experimentos de deflexão de partículas alfa que parecem ter sido hibridizados pelos autores de livros didáticos. Essa palestra se fundamenta na pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) conduzida pela discente Beatriz Maia de Souza, formanda de 2022 no curso de Licenciatura em Química do IFSP SPO, e tenta enfatizar que um melhor conhecimento da História da Ciência por parte de docentes pode promover melhorias no ensino de Química.
13h20 ~ 15h20 - Produção e desenvolvimento de radiofármacos: da bancada até os estudos pré clínicos.
Luís Alberto Pereira Dias
O objetivo da palestra é apresentar os conceitos de radiofármacos e sua diferença com a produção de radioisótopos utilizando as definições da RDC da ANVISA relacionada a produção dos radiofarmacos no Brasil e no mundo incluindo os critérios para o desenvolvimento de novos radiofármacos com a garantia de eficácia e segurança necessários para estudos em humanos.
15h40 ~ 17h40 - O ensino de ciências naturais e a sua interseção com a educação inclusiva
Ronaldo Santos Santana
Na palestra será discutido os pressupostos teóricos e práticos ligados à educação inclusiva e a sua intersecção com o ensino de ciências, utilizando como plano de fundo a evolução histórica da legislação e a literatura científica que fundamenta as duas áreas.Ttambém será analisado o desenvolvimento dos serviços da Educação Especial no Brasil e as possibilidades de atuação do professor de Ciências Naturais na educação básica.
20 DE SETEMBRO
8h - 12h - A grafia Braille para língua portuguesa e a grafia química Braille para uso no Brasil: o acesso para alunos cegos estudarem ciências
Eliana Maria Aricó
A oferta dessa oficina tem como objetivo propiciar ao licenciando das diversas áreas: conhecer o histórico da grafia Braille e a sua implantação no Brasil, conhecer a grafia química Braille de acordo com o material orientador editado pelo Ministério da Educação, exercitar a escrita e a leitura do Braille negro em papel, conhecer e utilizar os instrumentos para escrita Braille: reglete e punção, máquina de escrever Braille e impressora Braille.
21 DE SETEMBRO
8h30 - Descoberta dos raios X e da radioatividade.
Ricardo Marcelo Piasetin
As descobertas dos raios X, por Wilhelm Rontgen, e da Radioatividade, por Henry Becquerel e pelo casal Curie, propiciaram o início de uma mudança revolucionária no entendimento da Química e da Física que temos atualmente. Observando uma sequência cronológica serão comentadas e atualizadas, com relativos detalhes, as descobertas dos raios X e da radioatividade, considerando também as várias contribuições de outros pesquisadores, além dos principais nomes que entraram para a história das ciências, com as respectivas descobertas.
13h30 - Os Elementos Terras Raras
Pedro Miranda Junior
Os Elementos Terras Raras (ETR), um grupo de 17 elementos químicos constituídos pelo escândio, ítrio e lantanídeos (lantânio ao lutécio) são matérias-prima para indústrias de alta tecnologia, e a sua importância praticamente é desconhecida pelo público em geral. Nesta palestra serão discutidos os principais minérios de ETR, processos de separação, propriedades e aplicações desses elementos. As terras raras são consideradas elementos estratégicos para o desenvolvimento econômico e tecnológico de uma nação e para o Brasil, um dos principais detentores mundiais de recursos minerais de ETR, torna-se importante o domínio da tecnologia desses elementos, desde sua extração e purificação até a fabricação de produtos com alto valor agregado.
22 DE SETEMBRO
8h ~ 11h - Tratamento e toxicidade de efluentes da indústria textil por processo Fenton.
Luci Rocha Avieiro
As indústrias compõem um setor de destaque na economia do país, quer seja, na geração de empregos, em atividades de importação, exportação e geração de renda. Porém, do ponto de vista ambiental, as indústrias são apontadas como causadoras de degradação ambiental, tornando a busca por implementar sistemas de gestão adequados para gerenciar seus resíduos, um diferencial na consolidação das marcas, no mercado nacional e internacional. A crise hídrica e os requisitos exigidos pela legislação ambiental intensificam as buscas por sistemas eficazes no tratamento de poluentes persistentes, como por exemplo, os corantes em efluentes de indústrias texteis, reconhecidas mundialmente como uma das maiores consumidoras de água em seus processos, estimando-se um gasto de 80 a 100 m3 de água para cada tonelada de tecido acabado. Dentre os tratamentos de efluentes, destacam-se os processos Fenton, como uma alternativa eficaz na remoção de poluentes persistentes, no que se refere: (i) a baixa toxicidade e (ii) o custo relativamente baixo do efluente tratado. A verificação da toxicidade dos efluentes texteis, tratados por processos Fenton, pode ser realizada com o uso de bioindicadores como: sementes de alface-manteiga (Lactuca sativa), microcrustáceos (Artemia salina) e cebola (Allium cepa), organismos-teste que podem ser utilizados em bioensaios com aparato experimental relativamente simples. Sendo assim, na primeira parte do encontro, serão apresentados/discutidos os princípios, vantagens e limitações do processo Fenton, para que na oficina sejam ilustrados o seu potencial de aplicação em tratamento de efluentes, além do monitoramento e o controle de toxicidade dos efluentes tratados.
13h ~ 17h - Uso de ensaio do micronúcleo em células esfoliativas bucais para o monitoramento da instabilidade genômica em indivíduos expostos a metais tóxicos.
Gustavo Rafael Mazzaron Barcelos
A exposição a metais tóxicos, tais como o mercúrio (Hg), chumbo (Pb) e arsênio (As) é um problema de abrangência global, uma vez que grande parte da população está exposta a estes elementos, ambiental e/ou ocupacionalmente. Devido ao seu potencial em produzir radicais livres, a exposição a estes elementos químicos pode ocasionar danos ao DNA, que se não reparados corretamente podem gerar danos citogenéticos tais como morte celular e alterações no material genético, podendo ser visualizado na forma de micronúcleos (MNs), por exemplo. Neste contexto, o presente minicurso tem como objetivo apresentar os principais aspectos toxicológicos acerca da exposição a metais tóxicos, além de possibilitar aos alunos uma interação com ensaios citogenéticos para visualização de danos celulares. A parte prática consistirá na visualização de lâminas obtidas de células esfoliativas bucais (especificamente usando a técnica do ensaio do citoma micronúcleo bucal (BMCyt)) de indivíduos expostos a metais tóxicos. Assim, espera-se que os alunos tenham uma melhor compreensão do impacto da exposição destes elementos sobre a estabilidade genômica.